CTA Apresenta Propostas para Reduzir Impactos Econômicos das Manifestações em Moçambique
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) planeja submeter ao governo, nos próximos dias, uma proposta com medidas urgentes para atenuar os impactos econômicos das recentes manifestações violentas no país. As sugestões, que abrangem ações de curto e médio prazo, foram discutidas em uma reunião realizada em Maputo com representantes de diversas associações empresariais.
As manifestações, especialmente intensas na cidade e província de Maputo, foram motivadas por descontentamentos relacionados aos resultados eleitorais, resultando em tumultos, vandalismo e bloqueios de circulação. A CTA alerta que, sem ações rápidas, os danos acumulados poderão levar várias empresas à falência.
A proposta da confederação inclui mudanças na legislação trabalhista, ajustes na administração fiscal e a implementação de mecanismos de apoio financeiro. Estas iniciativas buscam minimizar os prejuízos sofridos pelas empresas devido às paralisações forçadas e aos danos materiais causados pelas manifestações.
Outro ponto crítico apontado pela CTA é o impacto da interrupção do acesso à Internet, que tem dificultado transações bancárias e comerciais, além de afetar negativamente o teletrabalho. Muitas empresas, que tentaram adotar o trabalho remoto como solução para os bloqueios, enfrentaram dificuldades operacionais, comprometendo ainda mais suas atividades.
A economia moçambicana, já fragilizada por altos índices de desemprego, enfrenta desafios crescentes com a crise atual. Pequenas e médias empresas, especialmente, encontram dificuldades para pagar salários e manter suas operações.
Além dos danos físicos, os protestos têm causado paralisações em diversos setores econômicos, colocando em risco a subsistência de milhares de trabalhadores, em especial os informais. Essa instabilidade ameaça agravar a crise social e econômica, afetando diretamente a vida de inúmeros cidadãos e comprometendo a recuperação econômica do país.