Na noite de sábado, 16 de novembro, a cidade de Maputo, capital de Moçambique, foi marcada por intensos protestos populares, conhecidos como "panelanços". Os protestos aconteceram por volta das 21h e rapidamente tomaram as ruas e varandas das áreas centrais da cidade. Ruídos de apitos, vuvuzelas e panelas batiam em coro, enquanto pneus queimavam e vias importantes, como as avenidas Julius Nyerere e Vladimir Lenine, estavam trancadas com pedras e barricadas, dificultando a circulação de veículos.
Os manifestantes também obtiveram métodos criativos, como prender latas em carros para intensificar os filhos. Convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, os protestos visaram contestar os resultados das eleições gerais de 9 de outubro, que a oposição considerou fraudulentos. O movimento, que se estendeu às periferias da cidade, gerou grande impacto, com moradores descendo às ruas ou participando diretamente de suas janelas e varandas.
Além de Maputo, uma mobilização ganhou eco em Lisboa e Porto, em Portugal, mostrando apoio internacional às demandas da oposição moçambicana. Mondlane prometeu anunciar novas formas de contestação na próxima terça-feira, reforçando a pressão sobre o governo e a Comissão Nacional de Eleições.
Para mais detalhes, você pode consultar o artigo completo na DW.