União Europeia condena violência pós-eleitoral em Moçambique e apela à contenção
A União Europeia (UE) manifestou profunda preocupação com a escalada de violência que se seguiu às eleições de 9 de outubro em Moçambique. Durante uma intervenção no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a comissária para a Igualdade, Helena Dalli, lamentou as repressões violentas às manifestações e enfatizou a necessidade de investigações rigorosas sobre os recentes homicídios de figuras políticas, incluindo Elvino Dias e Paulo Guambe.
Dalli classificou a repressão policial como "brutal" e destacou que o uso excessivo de força agravou a tensão no país. “Desde o processo eleitoral, temos observado um aumento preocupante da violência. É imperativo que todas as partes envolvidas ajam com contenção e mantenham uma conduta ordeira”, declarou, reforçando que a UE exige transparência nos casos de violência reportados.
A comissária sublinhou o compromisso da UE em acompanhar de perto o desenrolar dos eventos em Moçambique, afirmando que o processo eleitoral ainda não está concluído. Segundo ela, é essencial que os direitos dos cidadãos sejam respeitados e que todas as vozes sejam ouvidas.
O apelo de Dalli reflete a posição do executivo liderado por Ursula von der Leyen, que defende uma solução pacífica para o impasse e reitera a necessidade de diálogo e respeito aos princípios democráticos.