Ciclone tropical "Chido" Ameaça atingir Zona Centro após causar destruição em Mayotte
O ciclone tropical "Chido", que traz chuvas intensas e ventos superiores a 200 km/h, está previsto para alcançar a costa moçambicana neste domingo, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), que acompanha de perto o fenômeno.
Algumas áreas nas províncias de Manica,Nampula e Cabo Delgado já começam a sentir os efeitos da aproximação do ciclone. De acordo com Adérito Aramuge, diretor-geral do INAM, espera-se que o ciclone atinja a região entre os distritos de Memba e Mecúfi, embora o monitoramento continue para determinar com maior precisão o ponto de entrada.
Diante da situação, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, orientou a população a adotar medidas de segurança. "Recomendamos que as pessoas busquem locais seguros e mantenham contato com as autoridades locais. É fundamental evitar atravessar pontes, áreas alagadas ou correntes de água. Além disso, é importante proteger documentos, evitar circular durante o evento e seguir as informações oficiais através dos meios de comunicação. Reforçar a estrutura de casas, como coberturas, portas e janelas, também é essencial", alertou Nyusi.
O Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE) estima que cerca de 2,5 milhões de pessoas poderão ser impactadas pelo ciclone, que traz ventos superiores a 200 km/h e chuvas torrenciais.
Destruição em Mayotte
O arquipélago de Mayotte, um território ultramarino da França, foi severamente atingido pelo ciclone "Chido" neste sábado. O fenômeno deixou pelo menos duas vítimas fatais e levou as autoridades locais a emitir um alerta vermelho, permitindo a mobilização das equipes de resgate.
Os ventos no arquipélago chegaram a 220 km/h, segundo a imprensa francesa, com muitos moradores temendo perder seus bens devido à violência da tempestade. Em resposta, o governo francês iniciou o envio de ajuda a partir do território continental. Na noite deste sábado, o recém-nomeado primeiro-ministro participará de uma reunião de emergência para avaliar a situação tanto em Mayotte quanto no Moçambique.
