Financeira de Venâncio Mondlane impedida de receber visitas na cadeia civil
Glória Nobre, responsável pela gestão financeira de Venâncio Mondlane, está impossibilitada de receber visitas e de se comunicar com familiares, conforme denunciado pelo Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD).
Nobre encontra-se sob custódia policial desde que foi levada por agentes à paisana para prestar depoimento na 8ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Maputo. A detenção ocorreu de maneira atípica, e ela foi mantida na unidade policial por dois dias antes de ser transferida para a Cadeia Civil, onde permanece em prisão preventiva desde 14 de março.
Desde sua detenção, tanto advogados quanto familiares foram impedidos de estabelecer contato com Nobre. O CDD classifica a situação como uma forma de pressão política, ressaltando que o caso reflete um padrão de instrumentalização da justiça para fins políticos.
Em um boletim divulgado recentemente, a organização aponta que a ausência de transparência no processo reforça a percepção de perseguição a opositores do governo. Como exemplo, citam a intimação de Venâncio Mondlane pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e a convocação de Dinis Tivane, assessor de comunicação do político, para depor no Gabinete Central de Criminalidade Organizada e Transnacional.
Outros casos semelhantes também são mencionados pelo CDD, como a suspensão do presidente do Município de Nampula, Paulo Vahanle, e a prisão domiciliar de Raul Novinte, líder do Município de Nacala, assim como a de seu assessor de comunicação, Arlindo Chissale. Essas ações reforçam a tese de que a justiça tem sido usada para neutralizar figuras da oposição.
O CDD alerta que a utilização do sistema judicial como instrumento político prejudica a democracia moçambicana, evidenciando a falta de separação entre os poderes e a influência do Executivo sobre as instituições judiciais.
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