Junta Militar da Renamo ameaça manifestações por promessas não cumpridas no DDR




Junta Militar da Renamo ameaça manifestações por promessas não cumpridas no DDR

8 de abril de 2025 | Por Dê Notícias

A tensão volta a crescer dentro da Renamo, com a Junta Militar a ameaçar mobilizar-se novamente nas ruas, caso as promessas feitas no âmbito do processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) não sejam finalmente cumpridas.

André Matsangaíssa Jr., figura central da Junta Militar, afirmou que o grupo pode retomar os protestos ainda neste mês, caso não haja esclarecimentos sobre o pagamento das pensões e outros compromissos assumidos. Segundo ele, tanto Ossufo Momade, líder do partido, quanto Mirko Manzoni, representante das Nações Unidas envolvido no processo, são responsáveis pelo atual impasse.

"Fomos ignorados quando tentamos contactar Momade e Manzoni. Descobrimos que Manzoni já deixou o país e o presidente do partido evita qualquer diálogo conosco", declarou Matsangaíssa Jr., citado por fontes próximas ao grupo.

Os ex-combatentes acusam a liderança da Renamo de má gestão do DDR, alegando que os recursos foram canalizados para beneficiar um círculo restrito ligado à direção do partido. Muitos dos desmobilizados dizem não ter recebido os subsídios de reintegração desde 2022, enquanto outros nunca chegaram a receber qualquer valor. Além disso, queixam-se da falta de apoio para iniciativas econômicas e do não cumprimento de promessas como bolsas de estudo para os filhos.

André Magibire, secretário-geral da Renamo, reconheceu que existem pontos nebulosos nos acordos firmados com o Governo. “Há falhas que precisam ser analisadas. Estamos a tentar perceber o que realmente se passou e o Governo deve fornecer respostas claras”, afirmou.

O cenário atual revela divisões internas no partido e um risco crescente de instabilidade, caso não haja uma resposta rápida e eficaz às exigências da Junta Militar.


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